quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Manuscritos do Mar Morto: Presentes de Deus


Muitos acreditam que a Bíblia foi modificada pelo homem ao longo do tempo, propositalmente ou não. Mas estas pessoas não contam com a verdade das providências de Deus para proteger a integridade de Sua Palavra, onde as próprias Escrituras relatam que são, de fato, totalmente inspiradas por Deus (leia detalhes na postagem "A Bíblia Ainda é a Palavra de Deus?"), mesmo tendo sido escritas por homens servos de Deus. Sendo assim, o Senhor Deus nos deixou provas e mais provas históricas e científicas de ser a Bíblia o Seu Livro Sagrado, das quais apresentarei uma delas a seguir, a história dos manuscritos do Mar Morto.

Antes de serem descobertos os manuscritos do Mar Morto, a mais antiga cópia em hebraico que se conhecia do texto completo do Velho Testamento era o Codex Babylonicus Petropolitanus, datada de 1008 d.C. produzido 1.400 anos após o Antigo Testamento ter sido completado. Obviamente havia a crítica de que neste hiato temporal (1.400 anos) poderia ter ocorrido modificações nas Escrituras, de forma que o Codex poderia não ser cópia fiel dos textos originais.

Em 1939, Sir Frederic Kenyon, diretor do Museu Britânico, disse, em um tom pessimista, que não acreditava na possibilidade de se encontrar sequer um manuscrito do texto hebraico que fosse anterior ao período da formação do texto massorético (copiado provavelmente entre 500 e 1000 d.C.). Mas viveu para testemunhar a “impossibilidade” se tornar fato, com o achado dos pergaminhos do Mar Morto. A história desta descoberta, segundo uma das muitas versões, a qual li em um livro chamado “Escavando a Verdade – a arqueologia e as incríveis histórias da Bíblia”, escrito pelo pós-doutor especialista em arqueologia bíblica, Rodrigo P. Silva, é a seguinte:

Em 1947, um garoto beduíno da região da Palestina (hoje Israel) chamado Muhammed Ahmed el-Hamed saiu à procura de algumas cabras que estavam desgarradas das outras que pastoreava e, ao jogar algumas pedrinhas em uma gruta no intuito de constatar se havia ali alguma de suas cabras, escutou um barulho de cerâmica se quebrando e pensou ser vasos com um possível tesouro ali escondido. Imediatamente foi em busca de um adulto de sua tribo para ajudá-lo a escalar a formação rochosa (arenito) onde estava a caverna. Porém, ficaram decepcionados ao perceberem que se tratava de alguns vasos que guardavam velhos pergaminhos. Nos pergaminhos estavam escritos textos tanto de cultura geral dos hebreus como partes de textos bíblicos. Os beduínos venderam os achados para comerciantes de Belém e, ao notarem que aquilo tinha grande valor, começaram a explorar a região onde foram encontrados os primeiros manuscritos, em procura de mais, até que foram presos pelo Departamento de Antiguidades da Jordânia, que proibia escavações clandestinas. O Estado de Israel (reconhecido apenas em 14 de maio de 1948) só ocuparia a Cisjordânia após a Guerra dos Seis Dias, em 1967; por isso a região estava sub o domínio da Jordânia.

Mais tarde, arqueólogos credenciados encontraram 11 grutas na região onde foram encontrados os primeiros pergaminhos, onde foram pesquisadas e catalogadas como contendo manuscritos antigos. Dentre os rolos havia muitas cópias do Antigo Testamento, datadas de aproximadamente 300 anos a.C. o que corresponde a 1000 anos mais antigas que as cópias massoréticas!
Bom, depois destas descobertas, os manuscritos foram levados para centros de recuperação arqueológica, onde foram cuidadosamente remontados (pois muitos estavam fragmentados, danificados pelo tempo e pelo vandalismo dos beduínos), onde os trabalhos, por causa da fragilidade dos pergaminhos, demoraram um bom tempo, assim como a divulgação e exposição ao público. Durante este tempo, surgiram diversas especulações e sensacionalismos, por parte dos meios de comunicação da época, onde alguns colunistas de jornais chegaram a escrever que os manuscritos poriam em xeque o cristianismo e suas doutrinas. Porém, o que foi apurado nas pesquisas foi exatamente o contrário, os textos dos manuscritos, ao serem comparados com os textos correspondentes da Bíblia atual, comprovou-se a integridade da Palavra de Deus aos homens, de forma que nada houve que pudesse enfraquecer, numa vírgula se quer, a mensagem que o Senhor Deus precisa passar ao mundo caído pelo pecado sobre seu plano de salvação, por meio de Seu filho, Jesus Cristo ( no Antigo Testamento há milhares de profecias acerca da vinda do Messias). Resumindo, Deus protegeu, protege e protegerá a Bíblia, pois como Ele, Sua Palavra é eterna (Marcos 13:31).

Hoje, os manuscritos do Mar Morto estão disponíveis até mesmo na Internet (é só digitar no Google "pergaminhos do mar morto" e pesquisar nos inúmeros sites) para o público em geral, reforçando a profecia de Daniel 12:4 e outras que dizem que no tempo do fim (tempo em que nós estamos hoje) o saber se multiplicaria e muitos esquadrinhariam as Escrituras em busca da verdade e a achariam. Que maravilha Deus nos revela, amém? Que grande presente Ele nos deu a fim de silenciar os críticos e retificar nossa fé em Sua Palavra! Oro ao Deus Criador dos Céus e da Terra para que nos ilumine, por meio do Espírito Santo, a fim de que possamos entender esse amor que Ele tem por nós, pobres pecadores e muitas vezes, descrentes na própria Palavra de Deus! Amém.

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