sábado, 23 de novembro de 2013

Richard Dawkins rejeita o registo fóssil

Por volta de 1950 o registo fóssil não era amigo de Darwin. Hoje, passados que estão 150 anos, o registo fóssil também já não é amigo de Richard Dawkins. Darwin disse:

"Porque é que todas as coleções de restos fósseis não disponibilizam evidências claras da transição gradual e das mutações entre as formas de vida?"

A pergunta era difícil de evitar – o elefante na sala – mas também era perturbadora visto que Darwin reconheceu que o registo fóssil poderia confirmar ou refutar a sua teoria:

"Se se poder demonstrar a existência dum órgão complexo que nunca se poderia formar através de modificações pequenas, graduais e sucessivas, a minha teoria entraria em colapso absoluto."

Darwin reconheceu também o seguinte:

"A singularidade das formas específicas [o registo fóssil] e o facto delas não estarem misturadas em inúmeros elos de transição é uma dificuldade óbvia."

No seu livro “The Panda’s Thumb” o paleontólogo evolucionista Stephen Jay Gould reflete sobre a frustração de Darwin e ressalva:

"O registo fóssil causou mais preocupação do que alegria a Darwin."

Deparado com evidências tão pobres, e até evidências contrárias, Darwin evitou o problema alegando que “apenas uma pequena porção da superfície da Terra já foi geologicamente explorada.” A sua “explicação” manteve viva a esperança de que explorações futuras
desenterrariam os sempre esquivos “inúmeros elos de transição.”

O Evolucionismo Moderno
As coisas não mudaram muito durante os últimos 150 anos. “Precisamos de mais fósseis” suplicou Dawkins no seu livro de 2009 “The Greatest Show on Earth” (TGSE). Ao voltar as costas ao registo fóssil, Dawkins avança com o conceito das “evidências comparativas”:

"Tal como eu sugeri no princípio deste capítulo, as evidências comparativas sempre foram mais convincentes do que o registo fóssil."

Independentemente do que as “evidências comparativas” sejam (Dawkins não as definiu), ele está a rejeitar o registo fóssil como evidência essencial em favor da teoria de Darwin.

Não precisamos dos fósseis para demonstrar que a evolução é um fato.

Segundo Dawkins, o registo fóssil deveria ser retirado da sua posição dentro do debate, até mesmo um dos mais notórios ícones evolutivos, o Archaeopteryx. No seu livro TGSE Dawkins afirma:

"Aguentar um simples fóssil famoso como o Archaeopteryx é dar espaço para um argumento falacioso."

Quando Darwin se encontrava desesperado por encontrar os “inúmeros elos de transição“, ele rapidamente se voltou para o recentemente descoberto Archaeopteryx. Para Darwin, o Archaeopteryx emergiu como a evidência-chave que fazia a conexão entre os répteis e os pássaros:

"Mesmo o espaçoso intervalo entre as aves e os répteis foi demonstrado recentemente [por Huxley] como estando parcialmente unido de uma forma inesperada, pela avestruz e pelo extinto Archaeopteryx.

Durante a parte final do século 20, a rejeição do Archaeopteryx como um elo perdido entre os répteis e as aves começou a ganhar apoio entre os paleontólogos. Segundo Larry Martin (paleontólogo de vertebrados e curador do Museu de História Natural e do ”Biodiversity Research Center” da Universidade do Kansas), “O Archaeopteryx não é ancestral de qualquer grupo moderno de aves.“

O estatuto de “elo perdido” do Archaeopteryx é apenas um ilusão, e, segundo Henry Gee (paleontólogo e biólogo evolutivo e editor- sénior da prestigiada revista Nature), uma história para crianças.

Abandonar o Archaeopteryx como fóssil transicional é, na verdade, apenas a ponta do iceberg do mais amplo problema que o registo fóssil é para a teoria da evolução. No seu livro com o nome “The Evolution of the Long-Necked Giraffe”, o geneticista Wolf-Ekkehard Lönnig (Max-Planck Institute na Alemanha), tal como Dawkins, ressalva de modo cândido o facto de que “a série gradual de intermediários, segundo Darwin os entendia, nunca existiu e nem nunca vai existir.“

Há tempos atrás a evolução era uma teoria em crise; hoje a evolução está em crise e vazia duma teoria. Sem as evidências do registo fóssil, e segundo o próprio Darwin, “a minha teoria entraria em colapso absoluto.“

Conclusão:
A rejeição do registo fóssil por parte de um dos últimos proponentes hard-core do gradualismo evolutivo assinala o fim da era Darwinina, e serve para ressalvar ainda mais a natureza filosófica (e não científica) da teoria da evolução.

Fonte: Darwinismo

Nota do blog Darwinismo: Uma coisa se torna cada vez mais aparente: os evolucionistas não têm qualquer compromisso com o gradualismo de Darwin mas sim com o naturalismo. Para o evolucionista comum, qualquer mecanismo serve, desde que seja “natural” – isto é, que possa ser usado contra quem defende a criação Divina.

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