terça-feira, 2 de setembro de 2014

Bíblia é fonte de inspiração; decisões são racionais, diz Marina

A candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, afirmou que, para qualquer pessoa cristã ou judia, "a Bíblia é sem sombra de dúvida uma fonte de inspiração", mas que "as decisões são tomadas com base racional, para todas as pessoas". A declaração foi feita em entrevista concedida nesta segunda-feira (1º) ao Jornal da Globo, quando a ex-senadora foi questionada se era verdade que ela tomava decisões lendo aleatoriamente a Bíblia.

"Todos nós agimos em base na relação realista dos fatos, mas os seres humanos eles têm uma subjetividade. Uma pessoa que crê, obviamente, que tem na Bíblia uma referência. Assim como tem na referência a arte, a literatura. Às vezes você pode ter um 'insight' assistindo um filme. O quanto nós já avançamos, do ponto da ciência, da tecnologia, pela capacidade antecipatória que você encontra, enfim, na indústria cinematográfica...", disse.

"Mas a senhora toma decisões lendo a Bíblia aleatoriamente, é verdade isso?", questionou a jornalista Christiane Pelajo.

"Isso é uma forma que as pessoas foram construindo ou estão construindo para tentar passar uma imagem de que eu sou uma pessoa que é fundamentalista, essas coisas que muita gente de má-fé acaba fazendo", rebateu Marina.

"Qual é o tamanho desse amparo que a senhora toma em preceitos religiosos, frente ao que a senhora pretende ser, que é a governante de todos os brasileiros tomando decisões racionais?", indagou o jornalista William Waack.

"O mesmo amparo que você pode tomar a partir de outros referenciais. A Bíblia é sem sombra de dúvida uma fonte de inspiração para qualquer pessoa que é cristã, ou que é um judeu, enfim, e que não vai negar que é uma fonte de inspiração, mas existem outras fontes de inspiração às quais eu já me referi. As decisões são tomadas com base racional, para todas as pessoas", respondeu Marina.

A candidata disse em seguida, porém, que "dificilmente você vai encontrar uma pessoa que diz que ela é 100% racional". "Essa pessoa estaria presa à realidade e, com certeza, se os especialistas do comportamento forem avaliar uma pessoa como essa, vai ver que ela tem uma subjetividade muito pobre. Qualquer pessoa forma, toma as suas decisões considerando vários aspectos. Ele é atravessado pela cultura, se tem crença pela espiritualidade, se é da ciência, pelo conhecimento científico. O ser humano não é uma unidade, digamos, pura de alguma coisa. Somos seres subjetivos e a subjetividade é uma riqueza interior para qualquer ser humano".

Fonte: G1

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