domingo, 30 de novembro de 2014

Primórdios do criacionismo no Brasil

Isaac & Charles: camadas de preconceito

Clique sobre a imagem para ampliá-la.
Conheça a página da tirinha no Facebook e o blog.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Eles desafiam Darwin

Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química da Unicamp 


Toda vez que é instada a dissertar sobre o início do universo e da vida, a maioria da comunidade científica apoia-se nos princípios de Charles Darwin (1809–1882), o biólogo e naturalista inglês que explicou a origem da diversidade da vida na terra com a Teoria da Evolução. Para esses darwinianos, novas espécies de seres vivos surgem por meio de mudanças graduais, geradas pela descendência e guiadas pela seleção natural. Cresce no País, no entanto, um grupo de cientistas de currículos robustos dispostos a quebrar o paradigma da biologia evolutiva, defensores da Teoria do Design Inteligente (TDI). A vida, para eles, não se desenvolveu na Terra de forma natural, mas projetada por uma mente inteligente. “Conhecimentos científicos em bioquímica e biologia molecular cada vez mais apurados nos permitiram abrir a caixa preta chamada célula e enxergar nela um conjunto imenso de máquinas moleculares dotado de uma complexidade irredutível”, diz Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Não dá para pensar num motor desse tipo produzido por forças naturais. Foi decisão de uma inteligência que existe no universo.” Autor de mais de 650 artigos científicos com mais de dez mil citações e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, Eberlin é o porta-voz brasileiro da TDI, um movimento que nasceu nos Estados Unidos no final dos anos 80. Por lá, há cerca de três mil adeptos, como químicos, bioquímicos, biólogos e físicos. Aqui, os seguidores ganharam corpo com a Sociedade Brasileira do Design Inteligente, constituída no mês passado. Com Eberlin na presidência e um comitê científico composto por alguns ex-darwinistas, a entidade recentemente deu vida ao 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente, em Campinas, no interior de São Paulo.

Ao final do ciclo de palestras, no domingo 16, que contou com a presença de cientistas do exterior, como o filósofo com especialização em biologia evolucionária Paul Nelson [foto ao lado], entre os 370 participantes, o número de membros da sociedade saltou de 220 para 300. “Seremos 500 até o final do ano, mil até o ano que vem e cinco mil em cinco anos”, afirma o químico da Unicamp. “Não somos inimigos de Darwin, mas amigos da ciência. Queremos restabelecer a verdade científica”, diz ele, que é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Por enquanto, porém, eles têm causado controvérsia na comunidade científica. Para o especialista em genética evolutiva Diogo Meyer, a TDI tem credibilidade quase nula. “Eles não são da área para a qual pretendem contribuir. São químicos, pessoas que atuam na biologia molecular, bioquímica, e não trabalham com a evolução, diversidade biológica ou genética”, afirma ele, que é biólogo do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). “É como se eu, que trabalho com evolução, argumentasse contra as interpretações mais convencionais da Revolução Francesa.”

Para os darwinianos, a TDI é um movimento de criacionistas que tenta dar uma roupagem de teoria científica à fé deles. “A gente diz por que a evolução dá conta de explicar as estruturas complexas das moléculas celulares, mas quem está atacando uma ideia já vigente precisa arregaçar a manga e mostrar serviço, o que não ocorreu até agora”, afirma Meyer. Evangélico batista, o químico Eberlin argumenta que tentam rotular o selo de religião na TDI para classificá-la como pseudociência. A universidade da qual ele é docente chegou a divulgar o Congresso sobre Design Inteligente em sua página no Facebook mas, de acordo com Eberlin, sofreu pressão para remover o anúncio. A Unicamp explicou, por meio de sua assessoria, que após verificar que o evento não conta com participação institucional concluiu que não justifica a sua divulgação. O porta-voz da TDI chama seus opositores de pitbulls de Darwin. Para eles, o químico, presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas, é um charlatão. O docente, porém, continua aceitando convites para palestrar em universidades e explanar que fomos planejados e não gerados por processos naturais.

Foto: João Castellano/Ag. Istoé


Nota do Dr. Marcos Eberlin, em seu Facebook: Pessoal, algumas pérolas dos Darwinistas na reportagem da ISTO É... Para o especialista em genética evolutiva Diogo Meyer, a TDI tem credibilidade quase nula. “Eles não são da área para a qual pretendem contribuir. São químicos, pessoas que atuam na biologia molecular, bioquímica, e não trabalham com a evolução, diversidade biológica ou genética”, afirma ele, que é biólogo do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). “É como se eu, que trabalho com evolução, argumentasse contra as interpretações mais convencionais da Revolução Francesa”. Somos apenas "meros" Químicos e "Bioquímicos" e biólogos moleculares", portanto não entendem evolução... Gente, só quem vê a evolução só via bicos de passarinhos e cascos de tartarugas que ainda crê em Darwin... Foi ao Nível Molecular que a porca da evolução torceu o rabo... aliás, foi juntando tudo, entenda como se dá os vários níveis intrincados, sincronizados e inter-dependentes e complexamente irredutíveis de mecanismos de camuflagem e mimetismo dos cefalópodes, por exemplo, por morfologia biológica e nível molecular (bio)químico, e dê adeus a Darwin! [Dr. Marcos Eberlin]

Terra tem "escudo invisível" contra radiação cósmica

Em busca de uma explicação para o escudo antirradiação, a equipe está centrando as atenções na plasmafera (em roxo), uma nuvem de gás carregado que circunda a Terra. [Imagem: NASA/Goddard]
Radiação cósmica

Cientistas de uma missão da NASA se dizem perplexos com o que acabam de descobrir: um escudo antirradiação em torno da Terra que é uma verdadeira "barreira impenetrável no espaço" - ao menos para partículas cósmicas de alta energia.

Os cinturões de Van Allen, anéis de partículas carregadas mantidos pelo campo magnético da Terra, são conhecidos há décadas. Mais recentemente, as duas sondas gêmeas Van Allen (a missão originalmente se chamava RBSP (Radiation Belt Storm Probes) descobriram um novo cinturão de radiação ao redor da Terra.

Mas o que estas mesmas sondas descobriram agora é diferente.

Embora os cinturões de Van Allen protejam a Terra de grande parte da radiação espacial, os cientistas acreditavam que a radiação mais forte, consistindo de elétrons de energia muito alta, só era barrada aos poucos, conforme as partículas se aproximavam e colidiam com os átomos da atmosfera.

Escudo protetor da Terra

O que os instrumentos das duas sondas revelaram é algo bem diferente: há um verdadeiro "escudo invisível" nas imediações dos cinturões de Van Allen que simplesmente não permite a penetração dos elétrons de alta energia - a radiação mais perigosa não apenas para os satélites de comunicação e para os astronautas em órbita da Terra, mas também para a própria vida na superfície.

"Esta barreira contra elétrons ultrarrápidos é uma característica surpreendente dos anéis. Nós fomos capazes de estudá-la pela primeira vez porque nós nunca havíamos feito uma medição precisa desses elétrons de alta energia," disse Daniel Baker, da Universidade do Colorado, que chamou a nova barreira protetora de "escudo invisível tipo Jornada nas Estrelas".

Os elétrons de alta energia são bruscamente contidos pelo escudo protetor. [Imagem: D. N. Baker et al. - 10.1038/nature13956]
"É quase como se esses elétrons estivessem batendo em uma parede de vidro no espaço. Mais ou menos como os escudos criados por campos de força em Jornada nas Estrelas eram usados para repelir armas alienígenas, estamos vendo um escudo invisível bloqueando esses elétrons. É um fenômeno extremamente intrigante," disse Baker.

Partículas espaciais

Ainda não há uma explicação sobre o que e como se forma essa barreira protetora.

A equipe já descartou a ação do campo magnético terrestre que mantém os anéis antirradiação já conhecidos - os elétrons de alta energia são bloqueados à mesma altitude mesmo em pontos onde o campo magnético da Terra é mais fraco -, bem como as ondas eletromagnéticas das transmissões de dados feitas pelo homem e o formato muito pronunciado dos anéis de radiação, que também foi descoberto pelas sondas Van Allen.

Segundo nota emitida pela NASA sobre a descoberta, a explicação mais provável para a constituição do "escudo invisível" são outras "partículas espaciais" ainda desconhecidas ou não detectadas.

Bibliografia:

An impenetrable barrier to ultrarelativistic electrons in the Van Allen radiation belts
D. N. Baker, A. N. Jaynes, V. C. Hoxie, R. M. Thorne, J. C. Foster, X. Li, J. F. Fennell, J. R. Wygant, S. G. Kanekal, P. J. Erickson, W. Kurth, W. Li, Q. Ma, Q. Schiller, L. Blum, D. M. Malaspina, A. Gerrard, L. J. Lanzerotti
Nature
Vol.: 515, 531-534
DOI: 10.1038/nature13956


Nota: Somado ao próprio campo magnético, à atmosfera, à Lua, aos planetas externos e aos bilhões de astros entre a Terra e o centro da nossa galáxia, esse escudo recém descoberto é mais uma clara evidência de design inteligente assombroso que protege a Terra contra radiação e corpos celestes que vagueiam pelo espaço. São escudos finamente ajustados para a função que exercem, que é a de possibilitar a vida na Terra, algo que até então não tem algo parecido no Universo. É uma raridade, não sendo provável encontrar, todas juntas e ao mesmo tempo, em um planeta qualquer. Só a Terra tem tudo isso e muito mais. Uma obra-prima do Criador dos céus e da Terra! E querem nos fazer acreditar que toda essa beleza é obra do acaso... pode? [ALM]

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Walter Veith no Brasil em 2015


Ótima esta notícia! Vou me preparar para prestigiar as palestras do Pr. Dr. Veith, o qual me ajudou a sair do evolucionismo e vir para o criacionismo e adventismo. Gosto muito das palestras dele. Ainda está-se decidindo o local, mas será em julho de 2015, no estado de São Paulo. Aguarde maiores informações. [ALM]

Fonte: TV Terceiro Anjo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O mistério da “explosão cambriana”

Segundo matéria publicada no portal Terra, uma pesquisa da universidade americana Yale no Marrocos descobriu que alguns dos mais estranhos animais já descobertos no planeta viveram muito mais do que se imaginava, pelo menos 10 milhões de anos, segundo a cronologia evolucionista. As espécies em questão eram do período Cambriano (de 542 milhões a 488 milhões de anos atrás, na mesma cronologia), mas chegaram a viver no início do período Ordoviciano. A reportagem dá conta de que essas descobertas podem mudar algumas crenças científicas, como, por exemplo, a de que esses seres “esquisitos” viveram por pouco tempo.

Segundo a própria universidade explica, o Cambriano – uma época em que a vida era essencialmente marinha – é conhecido também como “explosão cambriana”, devido ao súbito aparecimento da maioria dos grandes grupos animais e o estabelecimento de um complexo ecossistema. Os pesquisadores analisaram mais de 1,5 mil espécimes encontradas em um deserto no Marrocos.

Conforme Derek Briggs, um dos autores do estudo publicado na revista Nature, a maioria dos fósseis do Ordoviciano mostra as partes mais duras dos animais, como conchas, mas os descobertos no Marrocos preenchem parte dessa lacuna. A pergunta que nunca cala é: como explicar esse súbito aparecimento de animais complexos (como os trilobitas, que tinham até mesmo olhos de calcita) no período Cambriano, sem qualquer evidência de ancestrais válidos no pré-Cambriano? O problema é que toda essa vida exuberante simplesmente “surge” (explode) nesse período. Mágica? Seria mais fácil entender que essas formas de vida com pouca capacidade de locomoção viviam nos leitos oceânicos pré-diluvianos e foram sepultadas ali pelos sedimentos do dilúvio, por isso mesmo estão na base da “coluna geológica”.

O que é a Teoria do Design Inteligente

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente foi um sucesso total









Créditos das fotos: Donizete Romon e Marcos Soares e Jussara Teixeira

Manifesto Público da Teoria do Design Inteligente


Manifesto público da Sociedade Brasileira do Design Inteligente – TDI-Brasil – sobre o ensino da Teoria da Evolução e da Teoria do Design Inteligente nas escolas e universidades públicas e privadas
A TDI-Brasil declara, como sua política educacional, não ser favorável, na atual conjuntura acadêmica, ao ensino da Teoria do Design Inteligente (TDI) nas escolas e universidades brasileiras públicas e privadas, como também nas confessionais.

Nossa posição se fundamenta na opinião atual da Academia, que ainda não acata em sua maioria a TDI e o seu ensino, posição essa que nós da TDI-Brasil, como acadêmicos, devemos acatar.

Outro fundamento de nossa posição contrária ao ensino da TDI nas escolas é a não existência, no quadro educacional atual, de professores capacitados para corretamente ensinar os postulados da TDI.

Entendemos, porém, que os alunos têm o direito constitucional de ser informados que há uma disputa já instalada na academia entre a teoria da evolução (TE) e a TDI quanto à melhor inferência científica sobre nossas origens. Inclusive há outras correntes acadêmicas, além da TDI, que hoje questionam a validade da TE oferecendo uma terceira via.

Quanto ao ensino da TE, a TDI-Brasil defende que este ensino seja feito, porém, de uma forma honesta e imparcial, tanto nos livros didáticos quanto na exposição dos professores em salas de aula. Defendemos que sejam eliminados exemplos fraudulentos ou equivocados atualmente presentes em livros didáticos, e que sejam expostas as deficiências graves que a TE apresenta, e que se agravam a cada dia frente às descobertas científicas mais recentes – o que hoje não ocorre.

Quanto ao criacionismo, na sua versão religiosa e filosófica, por causa de seus pressupostos filosóficos e teológicos, entendemos que deva ser ensinado e discutido, junto com as evidências científicas que porventura o corroborem, em aulas de Filosofia e Teologia, dando a estas disciplinas o seu devido valor no debate sobre as nossas origens.

Nota do blog Tubo de Ensaio, da Gazeta do Povo:
Chama a atenção, neste momento em que vemos a tentativa de colocar o criacionismo no currículo escolar, que o manifesto rejeita o ensino do DI nas escolas, invocando inclusive a posição minoritária dos seus defensores dentro do mundo acadêmico (posso estar enganado, mas nesse aspecto eles parecem se distanciar de seus colegas norte-americanos). Outro argumento, o de que haveria pouquíssimos professores em condições de ensinar o DI de forma correta, é também usado pelos criacionistas contrários à inclusão desta doutrina nas aulas.

Nota deste blog: Ainda que meio mal entendido por muitos, o Design Inteligente está ganhando importância na mídia nacional. Como diz o ditado, "falem bem ou mal, mas falem de mim". As pessoas estão se interessando mais e mais sobre o assunto e a controvérsia entre o naturalismo filosófico e o design inteligente vem ganhando corpo. Ponto para a TDI, ponto para a ciência, ponto para a democracia. Lembrando que o criacionismo se utiliza as evidências de design inteligente e de sua metodologia científica na defesa de que há um Deus criador. No caso da teoria da criação especial, o Deus revelado na Bíblia. Sobre a polêmica que o blog Tubo de Ensaio se refere na nota acima, leia uma nota que fiz sobre a minha opinião e a posição da Sociedade Criacionista Brasileira sobre o ensino do criacionismo nas escolas públicas do Paraná. [ALM]

Sai o manifesto do Design Inteligente

[Deu na Folha de São Paulo] Aconteceu na semana passada o Congresso Brasileiro do Design Inteligente, em Campinas — infelizmente, não pude ir acompanhar o evento in loco.

O que é o Design Inteligente? Confira os links abaixo para entender, insigne leitor.

Reportagem na Folha: congresso reúne defensores do Design Inteligente, versão modernizada do criacionismo

Entrevista com pesquisador da Universidade Federal do Amazonas e adepto do DI

O paradoxo da cebola: por que as afirmações do Design Inteligente sobre o genoma não se sustentam

Como reagir ao Design Inteligente?

Conforme prometido, os organizadores do evento, que fundaram a Sociedade Brasileira do Design Inteligente durante o evento, divulgaram um manifesto sobre a questão do ensino da teoria da evolução e do Design Inteligente no país. Reproduzo o texto deles abaixo. Aproveito para grifar alguns pontos que considero problemáticos.

—————–

MANIFESTO PÚBLICO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DO DESIGN INTELIGENTE -TDI BRASIL- SOBRE O ENSINO DA TEORIA DA EVOLUÇÃO E DA TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS

A TDI-BRASIL declara, como sua política educacional, não ser favorável, na atual conjuntura acadêmica, ao ensino da Teoria do Design Inteligente (TDI) nas escolas e universidades brasileiras públicas e privadas, como também nas confessionais.

Nossa posição se fundamenta na opinião atual da Academia, que ainda não acata em sua maioria a TDI e o seu ensino, posição essa que nós da TDI BRASIL, como acadêmicos, devemos acatar.

Outro fundamento de nossa posição contrária ao ensino da TDI nas escolas é a não existência, no quadro educacional atual, de professores capacitados para corretamente ensinar os postulados da TDI.

Entendemos, porém, que os alunos têm o direito constitucional de ser informados que há uma disputa já instalada na academia entre a teoria da evolução (TE) e a TDI quanto à melhor inferência científica sobre nossas origens. Inclusive há outras correntes acadêmicas, além da TDI, que hoje questionam a validade da TE oferecendo uma terceira via.

Quanto ao ensino da TE, a TDI BRASIL defende que este ensino seja feito, porém, de uma forma honesta e imparcial, tanto nos livros didáticos quanto na exposição dos professores em salas de aula. Defendemos que sejam eliminados exemplos fraudulentos ou equivocados atualmente presentes em livros didáticos, e que sejam expostas as deficiências graves que a TE apresenta, e que se agravam a cada dia frente às descobertas científicas mais recentes- o que hoje não ocorre.

Quanto ao criacionismo, na sua versão religiosa e filosófica, por causa de seus pressupostos filosóficos e teológicos, entendemos que deva ser ensinado e discutido, junto com as evidências científicas que porventura o corroborem, em aulas de filosofia e teologia, dando a estas disciplinas o seu devido valor no debate sobre as nossas origens.

TDI-BRASIL, Campinas, 16 de novembro de 2014

———————————-

Alguns rápidos comentários — quem sabe eu consigo voltar ao tema mais tarde, mas é importante não deixar passar em branco:

1)Parece curioso o argumento de que os defensores da TDI têm de aceitar o fato de que a maioria dos seus colegas ainda é contra a ideia. É comum os adeptos do TDI dizerem que o consenso científico não deve ser seguido apenas por ser consenso. A impressão é que, nesse caso, eles estão dando ao menos algum valor ao consenso científico.

2)É claro que é importante e válido mostrar, em sala de aula, como o conhecimento científico é algo que se constrói e reconstrói o tempo todo. Padecemos, no mundo todo, e especialmente no Brasil, do mal de retratar a ciência como algo fechado, quando se trata de um processo extremamente aberto. Existem inúmeros debates importantes rolando a respeito de como a evolução acontece hoje. A questão é se esse debate passa mesmo pela TDI, como o manifesto defende. Ao que tudo indica, a resposta é não. Mas a existência da TDI talvez seja um bom pretexto para os professores debaterem filosofia da ciência, por exemplo, ou a diferença entre naturalismo metodológico e naturalismo filosófico.

3)De novo: é ótimo que os alunos, em todos os níveis, saibam que teorias são modelos do mundo, e não dogmas. Seria excelente eliminar a desinformação que existe a respeito da biologia evolutiva — só para dar um exemplo banal, Darwin era tão “lamarckista” quanto Lamarck, mas pouca gente ouve falar disso no ensino médio. É importante ensinar os alunos a não apenas aderir a uma teoria como também a pensar em maneiras de testá-la e achar seus possíveis furos. O que não significa se render a fraquezas imaginárias de uma teoria — que é o que, quase sempre, a TDI acaba fazendo.

Nota deste blog: Ainda que meio mal entendido por muitos, o Design Inteligente está ganhando importância na mídia nacional. Como diz o ditado, "falem bem ou mal, mas falem de mim". As pessoas estão se interessando mais e mais sobre o assunto e a controvérsia entre o naturalismo filosófico e o design inteligente vem ganhando corpo. Ponto para a TDI, ponto para a ciência, ponto para a democracia. Lembrando que o criacionismo se utiliza as evidências de design inteligente e de sua metodologia científica na defesa de que há um Deus criador. No caso da teoria da criação especial, o Deus revelado na Bíblia. [ALM]

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Deputado quer ensino do criacionismo nas escolas do Paraná

Projeto do deputado Artagão Júnior (PMDB) propõe que seja incluído no currículo da rede estadual de ensino “conteúdos sobre criacionismo”, a teoria religiosa que nega a evolução das espécies e defende que Deus criou os animais e plantas da forma como é descrito na Bíblia. A proposta estava na pauta de ontem da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná. Mas a votação foi adiada porque os parlamentares aguardam um parecer da Secretaria Estadual de Educação sobre a proposta, que deve voltar à pauta da CCJ na terça-feira que vem.

Na defesa da proposta, o parlamentar afirma que os estudantes ficam confusos ao aprender na escola o evolucionismo (a teoria científica oficial) e na igreja o criacionismo. “Ensinar apenas o evolucionismo nas escolas é ir contra a liberdade de crença de nosso povo”, justifica Artagão no texto do projeto.

Laicidade

A proposta já havia sido apresentada pelo deputado em 2007, mas acabou arquivada. “Não estou impondo nada nem dizendo o que é certo ou errado. Mas é importante a discussão de um tema em que a grande maioria da população acredita”, afirma Artagão. Para ele, o projeto não fere a laicidade do Estado. Segundo o deputado, não há nada que garanta que a teoria da evolução realmente ocorreu (a ciência [evolucionista], porém, assegura que a teoria já foi corroborada [note que aqui se refere à evolução no sentido da "microevolução", que dá para comprovar em laboratório, mas não da "macroevolução", que depende de interpretações subjetivas e não pode ser corroborada empiricamente. A palavra "evolução" é muito elástica e tem muitos significados]). Por isso não haveria motivos para que o criacionismo não seja discutido pela comunidade escolar.

Outros deputados têm visão semelhante. “Desde que a escola inclua também visões não teístas, não vejo problema”, diz o deputado Péricles de Mello (PT), ex-presidente da Comissão de Educação da Assembleia. “Justamente pelo fato de o Estado ser laico, ele pode contribuir com o diálogo religioso.” Péricles, porém, é contra a obrigatoriedade do ensino religioso e defende que os temas escolhidos para discussão com os alunos sejam definidos por um conselho.

Papa

A Igreja Católica tem posição favorável ao ensino do evolucionismo. Em uma declaração no fim do mês passado, o Papa Francisco afirmou que a teoria da evolução está correta e não é incompatível com a crença religiosa. O papa disse o mesmo sobre a teoria do Big Bang da criação do universo. [Isso se deve pelo fato de que a Igreja Católica não aceita a literalidade do livro de Gênesis, mas que entra em controvérsia, pois outros livros da Bíblia citam os relatos de Gênesis como fatos reais, tanto no Velho como no Novo Testamentos, além do fato da Igreja Católica ignorar as próprias palavras de Jesus ao citar Adão como uma pessoa real, o Dilúvio como um fato histórico e a criação do mundo em seis dias literais, sendo Ele próprio o Criador (João 1:1-3)... ou seja, é como se o papa estivesse chamando Jesus de mentiroso... Aí fica difícil, papa Francisco...]

Fonte: Gazeta do Povo

Nota: É uma boa proposta, mas, no geral, não há professores preparados para ensinar o criacionismo. O fariam de forma distorcida. Melhor continuar somente em escolas confessionais, como o Colégio Adventista. Sou professor da Rede Pública de Ensino do Paraná e já fui professor da Rede Adventista de Ensino, sei o que digo. A maioria das pessoas acredita que Deus criou o mundo, mas na hora de apoiar a ideia, muitos são enganados pelo argumento da "laicidade" do Estado, que, na verdade, deveria ser o principal argumento pra propor o ensino tanto do Evolucionismo como do Criacionismo e do Design Inteligente. Um aluno aprende melhor ao comparar as propostas possíveis. Apresentar somente uma e esconder outras, é ditadura na educação. E os evolucionistas sinceros apoiam o que escrevo. Que vença a melhor teoria. Enquanto não houver professores preparados pelas universidades sobre o tema, de forma adequada e sem preconceito, não seria digno o ensino do criacionismo nas escolas, pois a maioria dos professores só iriam fazer um desfavor a essa cosmovisão. Eu, como professor da Rede Pública, não ensino o criacionismo por ser proibido pela ditadura evolucionista, mas ensino o evolucionismo de uma forma crítica, conforme prevê a própria LDB e Currículo Básico para a Educação no Paraná, sem mencionar a Bíblia ou Deus, ou ainda o criacionismo, discuto os pontos positivos (ex.: a "microevolução") e negativos (ex.: a "macroevolução" e a origem espontânea da vida) da teoria da evolução, em suas variantes cosmológica, geológica e biológica. Poderia escrever mais sobre outros aspectos da notícia acima, mas fiquemos por aqui. [Prof. André Luiz Marques]

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Égua grávida, feto e placenta preservados como fósseis

7 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], uma égua grávida e seu potro por nascer perderam a vida, talvez perseguidos em um lago, onde acabaram se afogando. Onde eles morreram, no entanto, foi um golpe de sorte para os paleontólogos do século 21. Seus restos fossilizados foram descobertos no Messel Pit, uma antiga mina de carvão e xisto betuminoso, perto de Frankfurt, na Alemanha, que é famosa por seus fósseis requintadamente preservados. A égua e seu feto agora estão dando aos cientistas uma visão sem precedentes sobre a anatomia e reprodução dessa espécie de cavalo, Eurohippus messelensis. Como outros antecessores dos cavalos de hoje [sic], a égua é pequena, do tamanho de um cachorro da raça fox terrier. Entre as descobertas, está a placenta do animal. Esse órgão não foi fossilizado diretamente, mas é visível como uma sombra escura deixada por bactérias que consumiram o tecido e, em seguida, foram fossilizadas. É apenas o segundo exemplo de um fóssil em que a placenta foi identificada, diz Jens Franzen, paleontólogo do Instituto de Pesquisa Senckenberg e Museu de História Natural de Frankfurt.

Os pesquisadores ainda puderam ver o ligamento largo que ajuda a fixar o útero na espinha dorsal. Sob um microscópio eletrônico de varredura, os cientistas viram a estrutura celular do cólon e da planta que pode ter sido uma das últimas refeições da égua.

A posição do potro sugere que ele não estava na posição para nascer, mas estava perto de amadurecer, e sugere que os cavalos antigos davam à luz de uma forma semelhante à de seus primos modernos [ou seja, há supostos 47 milhões de anos, a “engenharia” do parto já era tão complexa quanto é hoje]. Embora o crânio do feto tenha sido esmagado, suas costelas e pernas são claramente visíveis.

Fonte: UOL Notícias

Nota do blog Criacionismo: Se a égua tivesse realmente morrido num lago, teria fossilizado, ou sido devorada ou apodrecido? Quanto tempo dura um cadáver exposto na água? E como explicar a ótima conservação dela e do potro? Mais ainda: Como explicar a perfeita preservação de baleias em locais distantes do mar (confira)? E outras tantas descobertas “anômalas” para os evolucionistas... Não vale usar as palavras “talvez” nem “faz de conta”. Outro detalhe: se num futuro hipotético fossem encontrados fósseis de raças diferentes de cães em lugares diferentes do mundo, talvez, como fazem com os cavalos extintos, os pesquisadores evolucionistas dissessem que se trata de ancestrais numa suposta escala evolutiva. Mas dificilmente encontrariam a abundância de fósseis que há no registro fóssil, pois não existem processos fossilizadores em larga escala conhecidos hoje. [MB]

sábado, 8 de novembro de 2014

Adventistas testemunham do sábado durante prova do Enem

Brasília, DF … [ASN] Durante todo esse sábado, dia 8 de novembro, quase 70 mil jovens farão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) depois do horário do pôr-do-sol. Grande parte é membro daIgreja Adventista do Sétimo Dia, mas há também judeus ortodoxos no grupo, que respeitam o sábado como dia especial de adoração a Deus. Na hora de dar entrevistas, muitos disseram que esperariam várias horas para fazer a prova por acreditar na guarda do sábado bíblico.

Desde 2009, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, garante atendimento com horário diferenciado para quem faz essa observação na hora de se inscrever para a prova.

Alguns problemas pontuais ocorridos esse ano, com gente que alegou ter tido problemas na hora dessa inscrição diferenciada, foram solucionados depois de uma intervenção do grupo de advogados das regiões administrativas em todas as regiões brasileiras. “Todos os jovens que tiveram problemas e que entraram em contato antecipado com o INEP ou que ingressaram com ações tiveram o direito garantido de fazer a prova após o pôr do sol. Graças a Deus estamos conseguindo com que os jovens tenham direito ao confinamento também nessas situações”, comenta o advogado Vanderlei Vianna. É importante ressaltar que houve várias decisões liminares a favor do direito fundamental de liberdade religiosa em todo o País. “Advogados adventistas em todo o Brasil ajuizaram ações”, completa o diretor jurídico da sede adventista, Luigi Braga.

Mesmo com as dificuldades de passar várias horas em confinamento até fazer a prova em horário especial, os adventistas não perderam a oportunidade de testemunhar.

Veja reportagens em várias partes do Brasil com o testemunho dos jovens que fizeram a prova ou em que houve citação da questão da guarda do sábado. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

Espírito Santo - http://adv.st/1AGUVBC

Santa Catarina - http://adv.st/1uKYtPP

Sul de Minas Gerais - http://adv.st/1GBHmUv

Acre - http://adv.st/1zCFdWA

Amapá - http://adv.st/1GBHuDt

Rio Grande do Norte - http://adv.st/1tMEmxJ

Alagoas - http://adv.st/1tN2Oz3

Fonte: ASN

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Congresso sobre Design Inteligente está dando o que falar

Finalmente, a Teoria do Design Inteligente (TDI) está chamando a atenção de certos setores da mídia, mas, infelizmente, como sempre, sendo interpretada do modo errado. Para alguns repórteres e acadêmicos, a TDI seria uma espécie de criacionismo repaginado, muito embora dispense qualquer livro religioso e não se importe com a natureza do Designer – para cristãos, judeus e muçulmanos que defendem essa cosmovisão, o Designer seria Yahweh ou Alá; para ateus e agnósticos (sim, há) defensores da TDI, o designer poderia ser uma raça alienígena superavançada. Assim, TDI não é criacionismo, embora os criacionistas concordem em grande medida com os argumentos defendidos pelos teóricos do designinteligente.

Conforme escreveu um amigo biólogo e pesquisador, “se, como dizem, a TDI é um mascaramento da ‘criação’, qual a razão de ficarem tão incomodados? Sob essa ótica, a ‘infalível ciência’ seria suficientemente competente para colocar a TDI de lado, sem qualquer necessidade de gastarem tempo e espaço com críticas enfadonhas. Mas estamos em um país com ‘ideias livres’... desde que não incomodem (rs).”

Toda essa discussão em torno do assunto foi despertada pela organização do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente, que começa no dia 14 de novembro, em Campinas (mais informações aqui). Talvez o que mais chame a atenção da imprensa seja a centena de cientistas e pesquisadores (estou lá também) que compõem o comitê científico do evento.

Nesse contexto, vale a pena ler a notícia veiculada pela Folha de S. Paulo (confira aqui) e a réplica do coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente (confira aqui). Aproveite e leia também a réplica dele ao manifesto da Sociedade Brasileira de Paleontologia (aqui). O texto é longo, mas esclarecedor. [MB]

Fonte: Criacionismo

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

domingo, 2 de novembro de 2014

Related Posts with Thumbnails
Related Posts with Thumbnails
BlogBlogs.Com.Br